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Conheça a História do Sana

(veja abaixo uma foto de parte das ruínas do Cemitério dos Jesuítas)

Distante 165 quilômetros do Rio de Janeiro, conhecer o Arraial do Sana se justifica pelas belezas naturais da região: os rios, as cachoeiras e as montanhas que circundam a localidade (e por algumas pousadas muito bem localizadas e estruturadas (Nota de Antenor) . O Sana existe desde 1820, fundado por diversos Suíços, de acordo com o livro La Genèse de Nova Friburgo, La Colonisation Suisse Au Brésil de Martin Nicoulin. Em um de seus capítulos, L`Essor Vers le Macaé, onde inclusive o Sana faria parte da Villa de São Pedro, nome dado em homenagem ao Imperador Pedro I, (primeira Villa fundada no Brasil por não portugueses que englobaria um raio em torno de diversos lugares hoje municípios e distritos - onde na página 224, a carta VI nos dá uma direção quase que perfeita dos dados), mas aparece em documentos oficiais desde 1813, por ocasião da elevação de Macaé à vila, por carta do Príncipe D. João, em que o mesmo constava como nono distrito. Foi confirmado na República por força da Lei Estadual nº. 554, de 31 de outubro de 1902, por iniciativa de um grupo de cidadãos mais esclarecidos. A partir daí, o distrito passa a ter direito à um vereador para a Câmara Municipal, a um oficial do registro civil, a uma subdelegacia de polícia, a uma agência de correios, e uma série de outros melhoramentos. Já a origem do seu nome é permeado de lendas, das quais a mais célebre nós a conhecemos pelo relato de Osmar Sardemberg, ilustre jornalista nascido no distrito.

As terras do Sana foram doadas em sesmarias para os diversos suíços que para lá se deslocaram em 1820 como os De Schueller (dono de umas das maiores fazendas de café do Brasil Império); Sardenberg, quase que certeza nome de embaixador do Brasil na ONU - Marechal Odylio Denys, filho de uma Sardenberg, Ministro da Guerra do Brasil; Musy que insistem em grafar Muzi para o Córrego que cortava e corta a então sesmaria de Jean Antoine Musy e seus filhos. Cayre; De Roure Moser; Metraux; Probst; Pastine; Perroud e outros. O atual Rio Sana, que não se tem provas documentais no momento, é corruptela sem dúvidas de Saane em alemão ou Sanam em Latin, ou Sarine em francês (Rio que corta o Canyon de Fribourg na Suíça e se lança no rio Arr na Suíça). Sem contar que os Chevrand e os De Charles de Zinner que habitavam a Cabeceira do Sana, são do Oberland Bernois onde nasce o rio homônimo na Suíça. De acordo com as leis de terras de 1850 os Registros Paroquiais de Terras, da Freguesia de Nossa Senhora das Neves e Santa Ritta, livro 42 de 1856, corrobora o acima explicitado com escrituras e mapas. O Sana e região tem uma vasta documentação nos diversos arquivos do Brasil, pois faz parte da primeira colonização brasileira de 1819 iniciada no reinado do Rei Dom João VI, por não portugueses, por diversos nobres brasileiros e portugueses. Frequentavam a região e o café era o motor econômico da região basta uma olhada nos vazios dos pastos, cuja safra era transportada para Barra de São João, Macaé ou Porto das Caixas em Itaboraí, por tropas e pelos rios Macaé e São João. Mas, o primeiro e melhor testemunho do Sana conhecido é de um próspero cafeicultor chamado de João Augusto Stöcklin ou Jean Augustin Stöcklin, que vivia em questões com um de seus compatriotas assim como ele, rico cafeicultor, Jean Claude Marchon, sobre a região a respeito de registro de uma sesmaria de 1500 braças de testada por 1500 de fundos.

O Distrito

O Sana dista de Nova Friburgo apenas 60 quilômetros ou cerca de 90 minutos, e uma olhada carinhosa nos mapas de rodovias do IBGE, o Sana está mais próximo de Nova Friburgo que de Macaé, via serra-mar e a sua pequena população atual, vivendo ao redor da única rua que atravessa o casario à beira do rio e percorrida principalmente por montarias, luta para que seja preservada sua paz, características culturais, tranquilidade e a Natureza, por isso aposta no ecoturismo organizado e consciente, de forma que possa produzir o desenvolvimento da região sem prejudicar suas características originais. Tanto quanto as matas, as cristalinas águas dos rios cativam e atraem o visitante. O córrego Peito-de-Pombo forma cachoeiras, entre elas o Escorrega, um verdadeiro tobogã natural com uma piscina e pequena queda d'água ao lado. Mais acima uma trilha pouco usada leva às cachoeiras Pai, Mãe e Sete Quedas.

A simplicidade do arraial, o verde da floresta, a pureza das águas e a deliciosa comida preparada no fogão à lenha passam por cima de todas as lembranças da cidade grande, tão próxima e ao mesmo tempo tão longe. O Sana transmite uma sensação de paz e tranqüilidade que raramente encontramos em outros lugares, nos levando a deixar de lado o stress para aproveitar tudo o que o lugar nos tem a oferecer - sua natureza que esconde belezas exuberantes, como as cachoeiras de águas cristalinas, os rios que serpenteiam pelo vale, os morros verdinhos “enfeitados” pela Mata Atlântica, o pequeno Arraial e o lado místico que envolve a região e seus habitantes. É um local que vale a pena ser conhecido e contemplado por aqueles que adoram este contato com a natureza.

Fonte: José Carlos F.Barboza-Muzy (enviado por e-mail) - Site Portal do Sana

INFORMAÇÕES ÚTEIS:

 Não existem caixas eletrônicos ou agências bancárias em Sana

Não existem postos de gasolina

A cidade mais próxima é Casimiro de Abreu (25km)

Quase todo o comércio aceita cartões de crédito

As melhores pousadas estão fora do Arraial

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